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De 1990 a 1999

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Expansão do Software e da Internet


O Bug do ano 2000 - Y2000 bug.

Um "bug" é um erro, um mau funcionamento, um engano, uma falha ou um defeito de um programa de computador que produz um resultado inesperado ou incorrecto em relação ao resultado correcto que se esperava.

A maior parte dos bugs tem origem em erros humanos realizado pelas pessoas em programas ou na sua concepção. Muito poucos bugs têm origem no código mal configurado por compiladores ou interpretadores.

Existem relatórios que detalham os bugs econtrados num programa. Um dos primeiros relatórios conhecido foi redigido em 1947 pela tenente - USNAVY - Grace Murray Hopper (futura criadora da linguagem de programação COBOL) quando operava, na Universidade de Harvard, o computador electromecânico Harvard Mark II concebido e construído pelo Professor Howard Aiken.

Uma traça (insecto noturno) foi entalada pelo relais numero 70 do painel F produzindo um erro binário. O relais quando fechado introduzia corrente eléctrica no circuito simbolizando o valor 1, se aberto a ausência de corrente eléctrica simbolizava um 0.

A consequência foi um erro de cálculo e não teve como causa a origem em erro humano.




Computador Harvard Mark II

Relatório de operação - 9 Setembro 1947


O Bug do ano 2000 ou o Y2000 bug.

Nos anos 60, quando se usavam cartões para programação, o custo de 1 MB de memória era de U$ 10.000. Como cada caracter ocupava um byte escrever uma data como, por exemplo, 18 de janeiro de 1968 era algo totalmente inviável, pela quantidade de caracteres que consumiria num cartão. Os programadores eram instruídos no sentido de economizar a ocupação da memória.

Um dos processos mais utilizado na época foi o de reduzir a indicação do ano apenas para os dois últimos digitos ficando entendido implicitamente que os dois primeiros eram 19. Os programadores, na época, sabiam que os custos do hardware deveriam cair, e com os 40 anos que faltavam para o ano 2000 haveria tempo de sobra para corrigir o problema.

Como sabemos, não foi o que aconteceu e o hábito foi herdado pelos novos programadores. Assim como nas antigas aplicações o que se fazia de novo ainda tinha dois dígitos no ano, e os programas herdados ganhavam novas versões, todas sempre construídas em cima das anteriores, mantendo-se assim o problema das datas.

Com a aproximação da mudança de ano de 1999 para 2000 o pânico instalou-se. Uma data 99, ao passar a meia noite do dia 31 de Dezembro, passaria a ser representada por uma data 00. Os cálculos seriam alterados desde um simples aniversário que reduziria a idade a um utente, à falha do cáculo de juro de depósitos bancários, à falta de controle de mísseis que contém ogivas nucleares, ao desabastecimento de supermercados, de farmácias, a aviões que cairiam, etc.

O facto é que o perigo real existiu. No entanto, num esforço mundial, técnicos pesquisaram soluções para actualizações de software e de hardware de forma a resolver o problema nas suas instituições.

O trabalho gigantesco realizado por equipas de técnicos de análise e programação fez com que a humanidade sobrevivesse à passagem do ano sem sentir nada.