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UCP compreendia uma memória de 4.096 palavras de 39 bit (equivaleria
a uma memória actual de 20K). Embora fossem gerados vários
sinais de ciclo de memória, o ciclo base da memória
deste computador era 288 µs (micro segundos). Executava-se
uma instrução em 576 microsegundos, o que, nesse tempo,
era notável.
Cada palavra poderia conter ou 2 instruções (em que
a segunda poderia ser alterada pela instrução que
a precedia) ou 1 valor entre 0 e 1 (o programador é que devia
ter em atenção qual a potência de 10 que o afectava);
era, no entanto, possível equipa-lo com uma unidade de cálculo
em Vírgula Flutuante.
A codificação dos números era em binário
puro. Assim, uma word poderia armazenar um número até
ao valor 274.877.906.943, pois o bit mais significativo funcionava
como bit de sinal (para negativar um valor fazia-se a sua complementarização).
As memórias de massa deste computador eram constituídas
por unidades com bobinas onde se enrolavam filmes de 35 mm revestidos
com óxido de ferro. Na fotografia são visíveis
quatro dessas unidades. Podiam ser ligados 2 controladores, cada
um deles com 4 Film Handlers. Em cada bobine, pré-formatada,
podiam ser gravados 4096 blocos de 64 palavras, directamente endereçáveis.
Para poupar no comprimento, os blocos acessíveis no movimento
avante (0 a 2047) eram intercalados com blocos acessíveis
em movimento para trás (4095 a 2048).
O Input/Output era feito em fita perfurada de 5 canais - código
telegráfico -. Para o efeito possuía 1 ou 2 leitores
ópticos Elliott com velocidades de leitura de 500 ou de1000
caracteres por segundo e outros tantos perfuradores Teletype com
uma velocidade de perfuração de 110 caracteres por
segundo. Também era possível utilizar uma saída
directa para um Typewriter, - vísivel na fotografia em primeiro
plano, sobre a secretária - mas a sua impressão, com
uma velocidade de 10 caracteres por segundo era demasiado lenta
para um Output de volume normal.
A programação era feita em código de máquina,
embora existisse um incipiente Autocode de nível de Assembler.
Não existia qualquer sistema operativo e o Software fornecido
resumia-se a algumas rotinas de aplicação em cálculos
científicos, nomeadamente de cálculo matricial.
O que realmente tornava este computador notável, talvez único,
era a utilização que fazia de toros de ferrite. Naturalmente
que à época, e ainda durante mais 10 anos, as memórias
eram construídas em matrizes de toros de material ferri-magnético.
Mas neste computador os toros de ferrite eram também utilizados
como base dos circuitos lógicos e na transferência
de dados interna.
Um exemplar deste Sistema foi instalado, no ano de 1961, em Pinto
de Magalhães Banqueiros, no Porto, onde fazia a segunda posição
das contas correntes e o controlo das responsabilidades por Letras
de todos os seus balcões.
Última
morada conhecida: Pinto de Magalhães Banqueiros, Porto
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