A
consola (em primeiro plano na fotografia) era uma reprodução
de uma máquina de contabilidade com "cesto" de impressão
com tipos "a cheio" e fita tinta em tecido, derivado de
uma máquina de escrever Siemag - a que foi licenciada pela
portuguesa Messa -. Esta, porém, deslocava-se transversalmente
frente a um "carro" fixo. Era muito ruidosa (recomendava-se
a sua instalação sobre um tapete de corticite), exigia
muita manutenção, mas conseguia-se uma velocidade de
impressão de 22 caracteres por segundo o que , para a época
e para uma máquina deste tipo, era considerável.
Na parte superior estava acoplado um introdutor de fichas de cartolina
do tipo de máquina de contabilidade ("ledger card"),
que nas suas margens tinham troços magnetizáveis, com
a capacidade de 128 caracteres, onde eram registados os programas
ou os dados.
Como a ficha se posicionava automaticamente na primeira linha livre,
e como se dispunha dum sistema de tracção que arrastava
o papel contínuo sobre o "carro", podíamos
preencher linha a linha as fichas magnéticas e dois formulários
contínuos independentes, nomeadamente os balancetes das fichas
introduzidas.
Podia ser acoplada a um sistema periférico de cartões
perfurados; a configuração usada no Montepio Geral,
por exemplo, compreendia um leitor e um perfurador de cartões
de 120 colunas.
A programação era feita numa linguagem do nível
do Assembler e os programas gravados em fichas magnéticas.
A pesar dessa limitação, foi uma máquina com
um certo sucesso em Portugal, nomeadamente na área bancária.
Última
morada conhecida: Banco de Angola, na rua da Prata em Lisboa.
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